Introdução A nefrolitíase, também conhecida como “cálculo nos rins”, é uma condição comum que afeta de 5% a 15% da população em algum momento, com uma incidência anual de 0,5%, e é causada por um agregado cristalino se deslocando do rim através do sistema genitourinário.1 A ocorrência de urolitíase é elevada e continua a crescer em todo o mundo. O risco vitalício de desenvolver cálculos renais sintomáticos é de aproximadamente 13% em homens e 7% em mulheres. Além disso, o risco de recorrência é também elevado. Uma vez diagnosticados, 50% dos pacientes adultos sofrem recidivas em cinco a dez anos e 75%, em 20 anos.2-6. Etiologia Há vários preditores e fatores de risco para a formação de cálculo. A seguir, os mais comuns: • Volume urinário inadequado — Em pacientes com baixo volume de urina (geralmente inferior a 1 L por dia), aumenta-se a concentração de solutos (indicados pela urina com osmolaridade superior a 600 mOsm/kg) e promove-se estase urinária, que podem causar supersaturação e levar à formação de cálculo.1 • Hipercalciúria — Na maioria das vezes, este é um achado idiopático, embora possa ser secundário a aumento da absorção intestinal de cálcio, aumento do cálcio circulante, hipervitaminose D, hiperparatireoidismo, alta carga proteica ou acidose sistêmica. A hipercalciúria aumenta a saturação de sais de cálcio como oxalato e fosfato, causando a formação de cristais. O cálcio participa da formação de aproximadamente 80% de todas os cálculos renais. A hipercalciúria geralmente é definida como nível de cálcio urinário ≥ 250 mg em 24 horas.1 • Níveis elevados de ácido úrico na urina (cálculos de ácido úrico representam de 5% a 10% de todos os cálculos renais) — Muitas vezes estes podem ser secundários a uma dieta rica em proteína, dieta com excesso de oxalato, ou a um defeito genético, […]
A dor escrotal crônica (DEC) é uma condição comum, porém pouco compreendida. Até 4,3% dos homens que procuram uma clínica de urologia por outros motivos podem sofrer de dor escrotal crônica 1. Apesar de sua alta prevalência, a condição permanece pouco compreendida, frustrando pacientes e médicos. Mais de 50% dos pacientes com DEC relatam limitações em suas atividades diárias, capacidade limitada para trabalhar, atividade sexual reduzida e transtornos do humor (depressão)1,2,5. As contribuições dos urologistas para o gerenciamento da DEC são importantes. Estudos demonstraram que as causas identificáveis mais comuns de dor nas estruturas escrotais. Os urologistas são frequentemente os primeiros especialistas a avaliar homens com DEC existe um algoritmo simples para a avaliação diagnóstica (fig. 1)2. Muitos homens terão DEC Idiopática. Para esses homens, o manejo conservador e/ou clínico da DEC pode ser eficaz (fig. 2)2 . Para aqueles com sensibilidade focal no escroto, antibióticos empíricos e/ou terapias anti-inflamatórias podem ser usadas. Se essas abordagens falharem, agentes neuropáticos, como antidepressivos tricíclicos (ACTs), podem controlar a dor. Finalmente, terapias mais invasivas para o manejo da DEC podem ser eficazes, mas os pacientes devem ser orientados sobre os resultados esperados (tabela 3)2. Para condições bem caracterizadas, como varicocele dolorosa ou cisto de epidídimo doloroso, a cirurgia é geralmente bem-sucedida. A síndrome da dor pós-vasectomia pode ser tratada através da reversão da vasectomia com altas taxas de sucesso. Outras cirurgias, como remoção do epidídimo ou orquiectomia também foram usados para o tratamento da DEC. Os procedimentos para denervação testicular sobre os nervos ilioinguinal e genitofemoral podem ser realizados de 2 formas: procedimentos de curta duração (bloqueios locais usando toxina botulínica, ablação por radiofrequência ou anestésicos injetáveis) ou procedimentos definitivos (desnervação microcirúrgica do cordão espermático). Assim, existem algoritmos simples de diagnóstico e tratamento para ajudar os urologistas […]
Os pesquisadores concluíram que a qualidade de vida dos pacientes idosos ou dos pacientes com múltiplas comorbidades não é influenciada negativamente pela prostatectomia radical. Isto deve ser considerado quando se discute a indicação para a prostatectomia em pacientes mais velhos ou com comorbidades. A qualidade de vida relacionada à saúde após a prostatectomia radical depende da idade do paciente, mas não das comorbidades Parte inferior do formulário O câncer de próstata localizado afeta os pacientes mais jovens e saudáveis, bem como os pacientes idosos com comorbidades. O objetivo deste estudo, publicado no Urologic Oncology, foi avaliar o efeito da idade e das comorbidades no curso da qualidade de vida (QV) antes e após a prostatectomia radical retropúbica. No geral, foram incluídos prospectivamente 374 pacientes com câncer de próstata localizado previstos para a prostatectomia radical. O questionário de QV QLQ-C30 (Organização Europeia para Pesquisa e Tratamento do Câncer) foi aplicado um dia antes da cirurgia e em 3, 6, 9 e 12 meses após a prostatectomia radical. As funções sexuais e urinárias não foram avaliadas nesta análise. Foram definidos os subgrupos de acordo com a idade ao diagnóstico (≤60, >60 to ≤70, e >70 anos) e com as comorbidades (escore de Charlson ≤2 e ≥3). Os subgrupos foram comparados pelo teste de Wilcoxon-Mann-Whitney, considerando que as mudanças em um grupo ao longo do tempo foram analisadas com o teste de Wilcoxon. Em todos os grupos de pacientes, nenhuma mudança foi encontrada em 12 meses após a cirurgia, em comparação com os valores pré-operatórios na saúde global, bem como no funcionamento (função, físico, cognitivo e, social). O funcionamento emocional melhorou significativamente após a cirurgia, em comparação com o funcionamento pré-operatório. Os pacientes mais velhos (> 70 anos) tiveram melhor funcionamento emocional e social em comparação com pacientes […]
O desespero bate no homem, ou mesmo no casal, quando ocorre sangue no esperma ejaculado. A presença de sangue no esperma recebe o nome de Hemospermia (ou também hematospermia). O problema pode atingir desde jovens até homens mais maduros. O primeiro fato a considerar é que esse tipo de manifestação costuma, na grande maioria das vezes, ser totalmente benigno e do mesmo jeito que vem, vai-se sozinho. Leia mais: HEMOSPERMIA: Sangue no esperma
Assista aos vídeos: Os resultados mostram que a ejaculação precoce é problema de origem multifatorial e que diversos estudos estão sendo conduzidos sobre abordagens terapêuticas diferentes. O acompanhamento em longo prazo é fundamental para o tratamento e, em alguns casos, é importante que se realize terapia combinada. Ressalta-se que se deve aguardar os resultados de estudos que estão sendo desenvolvidos com novas drogas e terapias. Enquanto não houver novas conclusões, deve-se utilizar terapia medicamentosa por via oral
Cistectomia no câncer de bexiga localmente avançado (pT3-pT4 NX ou pTX N1-N3) e metastático a distância. A cistoprostatectomia radical, no homem, e a exenteração pélvica anterior, na mulher, com uma linfadenectomia pélvica estendida, é o tratamento cirúrgico padrão para o carcinoma de bexiga músculo-invasivo. Os tumores vesicais invasivos, que necessitam de tratamento agressivo, apresentam-se de várias formas – desde pequenas neoplasias com infiltração apenas focal da parede muscular até lesões multifocais, com infiltração vesical extensa e profunda, já em fase avançada locorregional, associados ou não ao carcinoma in situ (CIS) difuso. O tumor localmente avançado da bexiga apresenta, no entanto, uma perspectiva terapêutica diversa das lesões menos agressivas, uma vez que quimioterapia ou radioterapia neo adjuvantes ou adjuvantes podem ser empregadas naqueles casos com finalidade citorredutora, e com resultados variados. Alguns aspectos devem ser considerados quando da possível indicação da quimioterapia neo adjuvante, como atraso do tratamento cirúrgico e efeitos colaterais que possam afetar os resultados da cistectomia e até influenciar no tipo de derivação urinária. Muitos dos pacientes que realizam uma abordagem conservadora inicial, não cirúrgica, para um tumor invasivo ou localmente avançado, precisam de tratamento cirúrgico adicional quando a resposta é parcial, e há doença residual clinicamente confinada à bexiga
A testosterona é o principal andrógeno produzido pelos testículos e sua deficiência resulta em sintomas e sinais predominantemente na esfera sexual. Entre os sintomas mais característicos estão a redução ou perda da libido e do vigor sexual, diminui- ção das ereções espontâneas, disfunção erétil, ginecomastia e diminuição dos pelos corpóreos. O tratamento com testosterona melhora a função sexual e restaura a libido em homens hipogonádicos já nos primeiros meses de tratamento . A testosterona ainda aumenta o fluxo arterial peniano e melhora a resposta aos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 no corpo cavernoso humano. A diminuição da SHBG, por sua vez, pode estar associada à presen-ça de obesidade, resistência insulínica, diabetes mellitus e hipotireoidismo. Com o aumento na expectativa de vida e sobrevida do câncer prostático (CaP), espera-se um número maior de diagnósticos de hipogonadismo em homens submetidos ao tratamento potencialmente curativo do CaP. Apesar da contraindicação clássic a do emprego de terapia de reposição com testosterona (TRT) em homens com diagnóstico ou suspeita de CaP, não há evidência convincente de que a normalização dos níveis de testosterona séricos em homens com baixos níveis seja deletéria. Os idosos, necessariamente são portadores de múltiplas comorbidades. Hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, osteoartrose, osteoporose, depressão, demências e outras doenças neurodegenerativas, distúrbios do sono, alterações visuais e auditivas – dentre muitas outras – são as condições crônicas que não são curáveis, mas sim passíveis de controle. A gestão dessas comorbidades através de mudanças de estilo de vida, fisioterapia e tratamentos medicamentosos em como objetivo evitar o declínio funcional. O objetivo do trabalho do médico e de toda a equipe multiprofissional encarregada do tratamento de pessoas idosas é contribuir para uma vida longa e livre de incapacidades, zelando para que se mantenham autônomas pelo maior tempo possível, abreviando ao máximo o período […]
A higiene adequada e ingesta líquida previne. Ao primeiro sintoma urinário (ardor, urgência para urinar e esvaziamento incompleto e por vezes sangue na urina) , procure um Urologista para avaliação. Urologista fala sobre aumento de casos de infecções urinárias no verão
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ou Doença Sexualmente Transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. Esta doença é um mal silencioso, após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente. O que é Sífilis Causas Os estágios e os sintomas da Sífilis Qual profissional devo procurar? Qual é o diagnóstico? A Sífilis tem cura? Qual é o tratamento para a Sífilis? Como ocorre a cura da Sífilis? Grupos e fatores de risco Complicações Como me prevenir da Sífilis? É transmissível? Causas A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, esta que geralmente é transmitida via contato sexual, entrando no corpo humano por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas. Quando a Sífilis é curada ela não corre o risco de reaparecimento, a não ser que o paciente seja infectado novamente por alguém que esteja contaminado. Os estágios e os sintomas da Sífilis A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Assim, os sintomas podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário. Os sintomas da sífilis se manifestam entre 3 e 12 semanas após a infecção, começando com o aparecimento de uma ferida na região genital que não sangra e é indolor, mas que, quando friccionada, libera um líquido transparente. Contudo, os sintomas da doença são diferentes dependendo do tempo de infecção e, por isso, a sífilis é classificada como sendo primária, secundária ou terciária. A […]
Em todo o mundo, a cirurgia (Prostatectomia Radical) é a forma de tratamento mais escolhida pelos pacientes com Câncer de próstata localizado (fases iniciais). 1) O que é Prostatectomia Radical com Preservação do Feixe Vásculo Nervoso? Prostatectomia Radical é o nome dado a cirurgia usada para tratamento do câncer de próstata nas fases iniciais (tumor localizado e localmente avançado). Tem como objetivo a retirada completa da próstata, vesículas seminais e parte dos ductos deferente preservando as estruturas vásculo-nervosas responsáveis pela ereção. Após essa remoção a bexiga é re-ligada à uretra reconstruindo a anatomia prévia. Uma sonda é colocada no interior da bexiga por alguns dias para drenar a urina do interior da bexiga e com isso facilitar a cicatrização da sutura entre bexiga e uretra. Além disso é colocado um pequeno dreno no interior da cavidade abdominal que permanece em média por 1 ou 2 dias. **A cirurgia para o tratamento de Câncer de próstata é diferente da cirurgia para tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). 2) Quais são as técnicas mais usadas de Prostatectomia Radical? Qual a melhor? Prostatectomia Aberta (convencional) Prostatectomia Perineal Prostatectomia Videolaparoscópica Prostatectomia Robótica Comparação entre as técnicas: Em relação aos resultados oncológicos (taxa de cura) e resultados funcionais (continência e potência após a cirurgia) não existem, até o momento, bons estudos que comprovem que uma técnica tem melhores resultados que a outra. Os estudos vigentes mostram que técnicas videolaparoscópica e robótica, em média, oferecem melhores resultados relacionados a: Menor taxa de sangramento na cirurgia Menor dor no pós operatório Recuperação geral mais rápida Regresso mais rápido a atividade profissional Cicatriz cirúrgica menos visível (Vantagem estética) A técnica aberta em geral tem o custo hospitalar menor que a cirurgia robótica. 3) Como devo escolher o Cirurgião Urologista? Sugiro […]