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Dor escrotal crônica


 

A dor escrotal crônica (DEC) é uma condição comum, porém pouco compreendida. Até 4,3% dos homens que procuram uma clínica de urologia por outros motivos podem sofrer de dor escrotal crônica 1.

 

Apesar de sua alta prevalência, a condição permanece pouco compreendida, frustrando pacientes e médicos.

Mais de 50% dos pacientes com DEC relatam limitações em suas atividades diárias, capacidade limitada para trabalhar, atividade sexual reduzida e transtornos do humor (depressão)1,2,5.

As contribuições dos urologistas para o gerenciamento da DEC são importantes. Estudos demonstraram que as causas identificáveis mais comuns de dor nas estruturas escrotais.

Os urologistas são frequentemente os primeiros especialistas a avaliar homens com DEC  existe um algoritmo simples para a avaliação diagnóstica (fig. 1)2.

 

 

Muitos homens terão DEC Idiopática. Para esses homens, o manejo conservador e/ou clínico da DEC pode ser eficaz (fig. 2)2 .

 

Para aqueles com sensibilidade focal no escroto, antibióticos empíricos e/ou terapias anti-inflamatórias podem ser usadas.

 

 

Se essas abordagens falharem, agentes neuropáticos, como antidepressivos tricíclicos (ACTs), podem controlar a dor.

Finalmente, terapias mais invasivas para o manejo da DEC podem ser eficazes, mas os pacientes devem ser orientados sobre os resultados esperados (tabela 3)2.

 

 

Para condições bem caracterizadas, como varicocele dolorosa ou cisto de epidídimo

doloroso, a cirurgia é geralmente bem-sucedida. A síndrome da dor pós-vasectomia pode ser tratada através da reversão da vasectomia com altas taxas de sucesso.

 

Outras cirurgias, como remoção do epidídimo ou orquiectomia também foram usados para o tratamento da DEC. Os procedimentos para denervação testicular sobre os nervos ilioinguinal e genitofemoral podem ser realizados de 2 formas: procedimentos de curta duração (bloqueios locais usando toxina botulínica, ablação por radiofrequência ou anestésicos injetáveis) ou procedimentos definitivos (desnervação microcirúrgica do cordão espermático).

 

Assim, existem algoritmos simples de diagnóstico e tratamento para ajudar os urologistas a conduzir o tratamento de homens com DEC.

 

 

REFERÊNCIAS:

  1. Wu C and Jarvi K: Chronic scrotal pain. Curr

Urol Rep 2018; 19: 59.

 

  1. Jarvi KA, Wu C, Nickel JC et al: Canadian

Urological Association best practice report on

chronic scrotal pain. Can Urol Assoc J 2018;

12: 161.

  1. Aljumaily A, Forbes E, Al-Khazraji HAJ et al:

Frequency and severity of chronic scrotal

pain in Canadian men presenting to urolo-

gists for infertility investigations. Transl An-

drol Urol 2017; 6: 1150.

 

  1. Aljumaily A, Al-Khazraji H, Gordon A et al:

Characteristics and etiologies of chronic

scrotal pain: common but poorly understood

condition. Pain Res Manag 2017; 2017:

3829168.

 

  1. Aljumaily A, Wu C, Al-Khazraji H et al: Qual-

ity of life in men with chronic scrotal pain.