Síndrome da dor vesical é a nomenclatura proposta para substituir o termo antigamente conhecido como cistite intersticial. Deve ser diagnosticada com base nas queixas de dor, pressão ou desconforto pélvico crônico, relacionados à bexiga acompanhados por pelo menos outro sintoma urinário
como urgência ou aumento de frequência. A prevalência estimada é de 300 por 100.000 mulheres.
A etiologia e a fisiopatologia ainda não foram elucidadas, mas mecanismos neurológicos centrais, fatores genéticos, imunológicos e infecciosos parecem estar envolvidos. O diagnóstico é de exclusão e deve ser baseado nos
sintomas.
A cistoscopia com hidro distensão e biópsia auxilia na documentação e classificação da doença. O tratamento deverá ser multidisciplinar e multimodal, associando-se medicações orais com intravesicais, modificações na dieta e no
estilo de vida e medidas não farmacológicas.